Em 1922, o arqueólogo britânico Howard Carter fez uma das maiores descobertas da história: o túmulo de Tutancâmon, um faraó que governou o Egito há mais de 3.000 anos. A tumba estava praticamente intacta, repleta de tesouros inimagináveis e segredos que haviam permanecido escondidos por séculos. Mas, junto com a glória da descoberta, veio algo sombrio: uma série de mortes inexplicáveis que alimentaram uma lenda aterrorizante – a Maldição de Tutancâmon.
Tudo começou com Lord Carnarvon, o financiador da expedição. Poucos meses após a abertura do túmulo, ele morreu repentinamente devido a uma infecção causada por uma picada de mosquito. O mais estranho? No momento exato de sua morte, as luzes do Cairo teriam se apagado sem explicação. Isso foi o suficiente para que boatos começassem a circular: aqueles que perturbassem o descanso do faraó estariam condenados. Nos anos seguintes, outras mortes estranhas ocorreram. O arqueólogo Arthur Mace, que ajudou a abrir a tumba, faleceu de uma doença misteriosa. Richard Bethell, secretário de Carter, foi encontrado morto de forma suspeita. O pai de Bethell, logo depois, também faleceu ao cair do sétimo andar de um prédio. Coincidência ou castigo divino? A imprensa da época não perdeu tempo e espalhou a ideia de que uma maldição antiga estava se cumprindo. Segundo alguns relatos, uma inscrição na tumba alertava: “A morte virá com asas rápidas para aqueles que perturbarem o descanso do faraó.” Isso fez com que muitas pessoas acreditassem que os deuses egípcios estavam vingando Tutancâmon. Por outro lado, os céticos apontam que não há evidências científicas de uma maldição real. Alguns pesquisadores sugerem que a exposição a fungos e bactérias dentro do túmulo pode ter causado doenças fatais. De fato, Howard Carter, o próprio descobridor da tumba, viveu por mais de 15 anos após a expedição e nunca sofreu nenhum “castigo sobrenatural”.
Verdade ou não, a Maldição de Tutancâmon se tornou um dos maiores mistérios da arqueologia, provando que, mesmo após milênios, os faraós egípcios ainda guardam segredos capazes de fascinar (e assustar) o mundo. Afinal, será que mexer com o descanso dos mortos é realmente uma boa ideia?
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