A Meta, controladora do Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads, anunciou uma mudança drástica em sua política de moderação de conteúdo nos Estados Unidos. Mark Zuckerberg, CEO da empresa, revelou que o sistema de checagem de fatos realizado por terceiros será descontinuado, substituído por uma abordagem baseada na comunidade.
Essa nova estratégia, similar ao sistema de “notas da comunidade” do X (antigo Twitter), representa uma transição de um modelo profissional para um orientado pelos próprios usuários. A Meta continuará a moderar apenas conteúdos considerados de alta gravidade, como terrorismo, exploração infantil, fraudes e golpes. Casos menos graves serão gerenciados pela comunidade, que poderá adicionar contexto ou alertas aos conteúdos.
As Redes Sociais Podem Ser Bloqueadas no Brasil?
Embora inicialmente limitada aos Estados Unidos, a mudança gerou preocupações internacionais, especialmente no Brasil. O Ministério Público Federal (MPF) já solicitou esclarecimentos à Meta sobre a possível aplicação da nova política no país. O sistema anterior de checagem, que funcionava em mais de 26 idiomas, foi essencial na luta contra a desinformação, principalmente em períodos eleitorais.
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), reagiu enfaticamente. Ele declarou que as plataformas da Meta só continuarão a operar no Brasil se respeitarem as leis nacionais, deixando claro que as redes sociais não estão acima da legislação local. Moraes criticou a postura de grandes empresas de tecnologia que, segundo ele, acreditam poder operar globalmente sem considerar as normas de cada país.
As declarações de Zuckerberg, incluindo críticas a “tribunais secretos” na América Latina, aumentaram as tensões. O STF já indicou que, se a Meta implementar mudanças que violem as regulamentações brasileiras, medidas semelhantes ao bloqueio do X podem ser aplicadas.
Essa nova abordagem da Meta levanta questões sobre o futuro da moderação de conteúdo e o equilíbrio entre liberdade de expressão e combate à desinformação. A vigilância das autoridades brasileiras será determinante para garantir que as plataformas operem dentro dos limites legais.
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